
Encerrada audiência no TRT com garantia de pagamento na segunda
Acabou agora às 17h30 a audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR). O TRT confirmou recebimento de R$ 5,25 milhões na conta bancária, a partir de transferência feita pela Comec. O recurso será repassado para as empresas e estará na conta dos trabalhadores na segunda-feira. Ou seja, mais uma vez, motoristas e cobradores são penalizados com atrasos salariais pela crise no transporte coletivo: o dia correto de pagamento é hoje, sexta-feira. Até lá, o Sindimoc assumiu o compromisso de não deflagrar greve. Porém, se eventualmente o pagamento não chegar na conta dos trabalhadores, a paralisação será inevitável.
Caos na assistência saúde
A irresponsabilidade das empresas e dos gestores públicos com o transporte coletivo jogou 12 mil trabalhadores e trabalhadoras para o SUS. Isso porque as empresas não estão pagando a Assistência Médica. Mais de mil exames médicos já foram suspensos. Para tratar desse tema e de outras irregularidades por parte das empresas, o desembargador do TRT Luiz Eduardo Gunther determinou a realização de uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) na próxima quinta-feira, 12 de fevereiro, às 14h00. Estão convocados a participar o Sindimoc, Setransp, Comec e URBS. O encontro será presidido pelo procurador-chefe do Trabalho da Procuradoria Regional do Trabalho 9ª Região, Gláucio Araújo de Oliveira. Ele já esteve presente na audiência de hoje, no TRT, representando o MPT.
Campanha salarial
Para tratar dos temas do dissídio dos motoristas e cobradores, foi agendada nova audiência no TRT, para 19 de fevereiro, também quinta-feira, logo após o Carnaval. Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 100% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais aumento real de 6,40%; multa para empresas que atrasam salários, revertida ao trabalhador; fim da obrigatoriedade de motoristas e cobradores coibirem invasões e vandalismo nos postos de trabalho (hoje, trabalhadores recebem multas dos fiscais da URBS quando se recusam a cumprir essas funções, que são de guardas e policiais); reajuste do vale-alimentação; melhores condições de trabalho, especialmente nas estações-tubo, que são insalubres, demasiadamente frias no inverno e ultra quentes no verão, chegando a atingir mais de 55º C de temperatura, penalizando trabalhadores e usuários.
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